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Em Brasília, Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Soja relaciona demandas emergenciais para a cultura

A reunião contou com a participação do assessor especial do Mapa, Carlos Ernesto Augustin, o Teti e o secretário de Política Agrícola, Neri Geller.

Em Brasília, Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Soja relaciona demandas emergenciais para a cultura
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A Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Soja se reuniu nesta quarta-feira (11/01), no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), com o objetivo de receber as principais demandas por parte das entidades que integram a Câmara Setorial e a elaboração de um documento a ser entregue ao Ministro Carlos Fávaro. A reunião contou com a participação do assessor especial do Mapa, Carlos Ernesto Augustin, o Teti e o secretário de Política Agrícola, Neri Geller.  
 
O presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Soja, André Dobashi, após a reunião explicou os próximos depois da tabulação dos dados apresentados pela Cadeia Produtiva da Soja, como o levantamento real da safra em cada estado e também quais são as ações necessárias para amortecer os efeitos desta quebra de safra e da queda de preços. “A próxima etapa será compilar estas informações e fazer uma formalização chegando às mãos do ministro Carlos Fávaro, e a partir daí é seguir os próximos passos que são a tomada de crédito, o seguro agrícola e também as tecnologias que nós precisamos para mitigar riscos no campo”, disse.   
 
Para o secretário de Política Agrícola do Mapa, Neri Geller, o encontro apresentou o estado de apreensão que os produtores vivem atualmente em todas as regiões do país. “Nesta primeira reunião da Câmara percebemos a angústia por parte de todos em função da questão climática e também da renda do produtor relacionada a queda do preço no mercado internacional e até no mercado interno. Então são preocupações muito fortes, e os encaminhamentos claros são ouvir quais são as demandas e o que dá para fazer, e algumas ações já estamos começando a implementar, que é implementar uma linha de crédito em dólar e específico para refinanciar os custeios. E ouvir o setor e o que podemos fazer em relação ao crédito, em carregar um pouco o estoque para esperar uma reação do mercado e eventualmente uma renegociação de dívida de investimentos”, pontuou. 
 
O assessor especial do Mapa, Carlos Ernesto Augustin, o Teti, classificou como muito sério e preocupante, o cenário apresentado pelos representantes do setor nos estados produtores de soja e milho, e reforçado pelos dados do Instituto Mato-Grossense De Economia Agropecuária (IMEA-MT). “Em média nós estamos observando as possíveis perdas de quebras em algo em torno de 15 a 18% nos estados e que obviamente vai impactar na receita. Mas o mais grave foi trazido pelo IMEA do Mato Grosso mostrando que mesmo com uma safra normal, o problema é a falta de receita, isso é muito sério, receita zero tanto soja, quanto milho e isso pode trazer problemas para a capacidade de pagamento do agricultor. É muito cedo, mas está acesa a luz amarela e talvez a vermelha sobre a colheita que está por vir”, comentou.  
 
Ainda dentro da questão chave da rentabilidade destacada por Teti, o superintendente do IMEA_MT, Cleiton Gauer, detalhou mais sobre a equação desfavorável nesta safra para o agricultor. “Se formos olhar os três componentes de rentabilidade são custo de produção, produtividade e preço, então custo de produção o produtor fechou lá no ano passado um dos maiores da safra, apesar de uma redução em relação ao ano anterior, o custo segue muito elevado. Na produtividade nós temos muitos cenários, mas se formos comparar com as médias do ano passado é uma produtividade inferior a última temporada, e os preços que vem cedendo desde o ano passado e continuam cedendo, por exemplo no estado de Mato Grosso temos observado valores sendo ofertados abaixo dos R$100/saca em contratos a termo, que é um valor que não víamos a muitos anos no estado e que isso somado a produtividade, realmente tira uma grande parte da receita do produtor”, finalizou. Também estiveram presentes no encontro representantes da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Milho. 
 
A reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Soja contou com a participação de membros da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), Aprosoja Acre, Aprosoja Rondônia, Aprosoja Mato Grosso, Aprosoja Mato Grosso do Sul, Aprosoja Maranhão, Aprosoja Minas Gerais, Aprosoja São Paulo, Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Sociedade Rural do Brasil, Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Associação das Empresas Cerealistas do Brasil (Acebra), Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul),  Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG), Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat), Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

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